Renault fala em demissão na França. Já para o Brasil, os planos são outros.

A demissão de 14 mil funcionários está na mira da Renault francesa. Por outro lado, no Brasil será implantada uma nova tecnologia com a nova plataforma CMF-B, a mesma do Clio europeu. Será que o Captur brasileiro ficará menor?
“Gastamos e investimos muito e agora voltaremos à nossa base”, afirmou Clotilde Delbos, CEO da Renault, em uma vídeo conferência com analistas. “Estamos enfrentando a realidade, não parecendo estar no topo do mundo. A empresa voltará seu foco para a lucratividade e se afastará da disputa por volumes a qualquer custo”, disse, citando uma reformulação bem-sucedida do rival PSA Group, das marcas Peugeot e Citroën.
“Os fracos resultados da Renault em 2019 forneceram um alerta necessário que chocou os funcionários ao mudarem de mentalidade e trabalharem mais de perto com os parceiros japoneses”, disse Delbos. Sob o ex-presidente Carlos Ghosn, a Renault tinha uma meta de vendas de 5 milhões de unidades anualmente até 2022, que foi abandonada desde a saída do brasileiro da direção do Grupo.
Para obter economias de mais de 2 bilhões de euros em três anos, o plano da Renault custará cerca de 1,2 bilhão de euros para ser implementado. Embora “possa não ser suficiente, pode ser implementado rapidamente”, disse Delbos. Pensando nessa reformulação, o grupo Renault, Nissan e Mitsubishi se anteciparam e já com liderança da Renault começaram a implantar importantes mudanças em sua estratégia de negócios. O objetivo é reduzir os custos de produção e diminuir as perdas das três marcas.